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Secretário de Estado da Economia visitou empresa Riler em Infias



Riler recebeu hoje o Secretário de Estado da Economia

Empresa está sedeada em Infias.

João Correia Neves, Secretário de Estado da Economia, esteve em Vizela, de visita à empresa Riler – Indústria Têxtil, sedeada em Infias.

A Riler emprega 110 pessoas e apresentou cinco milhões de volume de faturação no último ano. A empresa, de tinturaria e acabamento têxtil, investiu 1,5 milhões de euros numa máquina que permite, de acordo com Sofia Vale, administradora, “enviar todos os produtos químicos diretamente para a máquina, sem necessidade de intervenção humana”, uma solução que traz ganhos para a empresa, mas também para os funcionários que, deste modo, não entram em contacto com os produtos químicos. Mais investimentos estão previstos para os próximos tempos, ao nível das infraestruturas, mão de obra e aquisição de máquinas. De resto, a falta de mão de obra e os custos com a energia foram duas preocupações manifestadas ao Secretário de Estado da Economia pela administradora. Para Sofia Vale, na atualidade, o trabalho na fábrica é considerado “desprestigiante”, uma imagem que, no seu entender, precisa ser alterada. Já no que toca à energia, explicou: “Nós termos energia térmica, por exemplo, temos uma cogeração para conseguirmos produzir a nossa própria energia, porque senão não conseguimos estar no mercado, a energia é realmente um peso muito grande na nossa fatura mensal de custos”. No final da visita, questionado pelo RVJornal, João Correia Neves, frisou que “ao nível das qualificações, o Ministério da Economia tem estado a trabalhar com o Ministério do Emprego para definirem programas específicos, em áreas específicas, que correspondam a necessidades das empresas”. Neste processo, a aposta “em mão de obra de outras nacionalidades” poderá ser uma solução, apontou ainda. No que se refere aos custos com a energia, o Secretário de Estado das Economia salientou que “o Governo tem vindo a trabalhar no sentido de diminuir o défice tarifário, portanto o preço da tarifa ir progressivamente descendo”. Contudo, lembrou, “é o próprio mercado que dita” os preços.

O Secretário de Estado da Economia sublinhou o otimismo generalizado que sente por parte dos industriais e que apesar de alguns sinais menos positivos, é preciso saber distinguir “crise” de “dificuldade”. “A junção da exportação do têxtil e vestuário foi bastante positiva no último ano e por isso não sentimos que se esteja a aproximar uma crise”. “Há diminuição da taxa de crescimento dos principais mercados de destino, mas nós, nos últimos anos, temos ganho quota de mercado nesses países”. “É preciso que as empresas estejam bem apetrechadas, façam produtos adequados, tenham capitais próprios fortes e esperamos que seja esta tendência que vamos ter no futuro”.

Victor Hugo Salgado aproveitou a vinda de João Correia Neves para lhe transmitir a importância do acesso à autoestrada para a dinâmica do concelho e, principalmente, para o desenvolvimento das indústrias aqui localizadas. O Secretário de Estado da Economia ouviu a reivindicação e mostrou abertura para dialogar e interceder junto do Ministério do Planeamento e Infraestruturas, no entanto, pediu para que chegue a Lisboa um dossiê devidamente fundamentado sobre este assunto: “O país tem que apresentar opções e apresentou o Plano de Investimentos de Infraestruturas para os próximos anos, que está em discussão e apreciação na Assembleia da República. Nessa discussão, a apresentação dos casos bem fundamentados é muito importante, nós temos que decidir os investimentos com base lógica de custo-benefício e se nós tivermos bons casos de certeza que eles serão incorporados nas decisões que a Assembleia vai fazer”.

Ora esse documento está “praticamente concluído”, frisou Victor Hugo Salgado: “Estamos a falar de um investimento na ordem dos cinco milhões de euros, sensivelmente, e que ultrapassa completamente a capacidade de investimento da Câmara”.

 
 


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